Carro elétrico: uma tecnologia não tão futurista assim.
Marcado pelo desenvolvimento e necessidade de avanço econômico, principalmente após a segunda revolução industrial, no século XVIII, a crescente demanda por energia vem preocupando a comunidade científica e o governo. Há mais de 50 anos temos visto que o consumo de combustíveis fósseis tornou a sociedade dependente de uma matéria prima que está fadada ao esgotamento.
Com essa preocupação vem também o olhar para o meio ambiente, já é provado cientificamente que estamos passando por um período de acúmulo de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera e, se nada mudar nos próximos anos, teremos consequências graves sob o ponto de vista ambiental.
Com essas preocupações, a ciência se desenrola para gerar tecnologias que possam auxiliar no processo de mitigação desses problemas (ambientais, energéticos e econômicos).
Veículos e o meio ambiente
Estudos comprovam a real contribuição para emissão de GEE pelo setor de transportes, sabemos que cerca de 40% das emissões de CO2 são devido às frotas das grandes cidades. Nesse aspecto, o desenvolvimento de carros mais eficientes e menos poluidores pode trazer grandes benefícios.
Pensando nisso, hoje em dia estamos pensado em carros que sejam tracionados por motores que não utilizem combustíveis fósseis, que lancem menos GEE (ou nenhum), que sejam mais eficientes, menos barulhentos, isso com certeza traria melhorias a população.
Os carros elétricos
Os carros elétricos são um ponto chave nessa história!
Essa tecnologia não é tão recente quanto pensamos... o primeiro carro elétrico foi desenvolvido em 1899, por uma empresa chamada Baker Motor Vehicle Company, em Clevelend, Ohio. Um carro, com o design da época, mas que já rodava com um motor elétrico e usava baterias, as quais, projetadas por Thomas Edison[1].
Rio+20 com carros elétricos
A Rio+20, conferência responsável por reunir chefes de Estado para tomar decisões sobre o futuro das ações de cada país a respeito das responsabilidades por um desenvolvimento mais limpo, tratam de começar a dar o devido exemplo. Carros elétricos estão sendo usados para o transporte das equipes de organização. Esta semana, recebemos a visita de um modelo do carro elétrico usado no evento, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares IPEN-CNEN/SP, localizado na Cidade Universitária da USP, em São Paulo.
A NISSAN trouxe o Leaf, primeiro carro produzido em grande escala, adaptado para rodar em grandes cidades como SP[2].
Com disposição de 5 lugares, uma velocidade máxima de 145 Km/h, motor e transmissão dianteira, autonomia de 160 km (com carga completa), vidros elétricos, chave inteligente, ar-condicionado, faróis de LED, freios ABS, 6 airbags e muito mais[3].
Uma característica dos carros elétricos é a total falta de ruido, normalmente ouvidos pelo motor ligado, os carros elétricos não apresentam nenhum barulho quando ligados, o que surpreende quando se vê o carro saindo, como se estivesse desligado.
O Leaf da Nissan é um modelo de carro totalmente elétrico, sendo que o mesmo só possui a bateria (de Lítio) e o motor elétrico, existem muitas pesquisas que estão avaliando a eficiências de carros híbridos, ou seja, aqueles que podem rodar com algum combustível num motor de combustão interna, e com o motor elétrico, podendo alternar entre as opções de acordo com a necessidade.
A Nissan apostou no carro totalmente elétrico, sem a possibilidade de uso de combustível, o que o torna totalmente dependente da eletricidade. Seus sistemas de freios possuem tecnologia que aproveita a energia da frenagem do carro para gerar eletricidade que por sua vez é enviada a bateria, aumentando a eficiência do carro como um todo.
No âmbito da infra-estrutura de um sistema energético que possa assegurar o fornecimento de energia para uma frota de carros elétricos, ainda precisamos tomar as devidas precauções quanto a distribuição de eletricidade das grandes cidades. Lembrando que as usinas e suas redes de transmissão não estão preparadas tecnicamente para suportar tamanha demanda por energia.
Acreditamos que o futuro seja promissor para o carro elétrico, contudo, tecnologias mais elaboradas ainda precisarão ser desenvolvidas para completar o cenário de um sistema de transporte mais limpo e eficiente.
Referências: