domingo, 17 de janeiro de 2010

Brasil avança alguns passos!

Alternativa para radioisótopo

15/1/2010

Agência FAPESP – A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou a participação do Brasil no Projeto de Pesquisa Coordenado (CRP) para o desenvolvimento de técnicas para produção de molibdênio-99, utilizando urânio-235 de baixo enriquecimento por fissão neutrônica.
O projeto é coordenado pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) por meio da Diretoria de Radiofarmácia, com previsão de conclusão no final de 2010. A ação faz parte da estrutura do projeto para construção do Reator Multipropósito Brasileiro.
O Ipen é uma autarquia vinculada à Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo e gerenciada técnica, administrativa e financeiramente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Vários grupos de pesquisadores do Ipen participam diretamente do projeto. Segundo o instituto, o molibdênio-99 é a matéria-prima para a produção de geradores de tecnécio-99m, radiofármaco utilizado em cerca de 80% dos exames para diagnóstico médico. Desde maio de 2009 tem ocorrido uma crise internacional no fornecimento do radioisótopo produzido em reatores nucleares, prejudicando pacientes.

No projeto da AIEA, a tecnologia a ser desenvolvida é a de dissolução ácida, que utiliza alvos de urânio metálico e gera menor volume de rejeitos sólidos e líquidos. O Chile é o primeiro país participante do CRP que utilizará essa tecnologia em larga escala.
O urânio-235 de baixo enriquecimento (abaixo de 20%) é fissionado, gerando vários isótopos, entre eles o molibdênio-99 e o iodo-131, também utilizado em medicina nuclear. Argentina, Canadá, África do Sul e demais países produtores de molibdênio-99 utilizam a técnica da dissolução básica, dissolvendo o urânio irradiado com uma base.
O Ipen retoma essa linha de desenvolvimento pesquisada no passado, utilizando miniplacas elaboradas pelo seu Centro de Combustíveis Nucleares. As miniplacas contendo o urânio-235 foram produzidas no centro e passarão, ainda não irradiadas, por experimentos de dissolução e simulações do restante do processo de separação e purificação do molibdênio-99.
Mais informações: www.ipen.br

Haiti: um caso de desespero aos que sobreviveram.

 

 Cadáveres em decomposição podem complicar a situação dos haitianos.
Mesmo parecendo que a coisa anda ruim no Haiti, após o grande terremoto que abalou e destruiu grande parte do local, o que deveria estar em controle, foge aos inúmeros problemas que a população enfrenta para se manterem vivos.
O assunto a ser comentado neste post se refere ao problema de decomposição dos corpos que não foram enterrados ainda. Sabemos que a nossa carne, após algum tempo da morte, começa a passar por estágios de decomposição, até ao ponto de começarem a exalar odores fortes, responsáveis estes, pelo acúmulo de moscas e insetos que se alimentam de matéria orgânica.
São vários os corpos que ainda continuam desaparecidos, e mais ainda, aqueles que estão acumulados em necrotérios e valas comuns. A comunidade precisa começar a se preocupar com essa situação, pois logo, a proliferação de doenças trará mais problemas do que se possa imaginar.
Segue abaixo uma reportagem retirada do site Último Segundo, que trás informações diretas do The New Work Times.

Corpos empilhados ao redor de necrotério no Haiti incham sob o sol escaldante

Logo NYT15/01 - 10:03 - The New York Times

 
 
PORTO PRÍNCIPE – Com uma regularidade que impressiona, uma caminhonete  da polícia haitiana se dirige ao necrotério de Porto Príncipe, capital do Haiti, para despejar mais corpos. Moscas zumbiam ao redor dos cadáveres. Os funcionários públicos descarregam a carga com suas expressões ocultas por máscaras cirúrgicas brancas.
 
Centenas de corpos, de adultos e crianças, estão empilhados do lado de fora do necrotério, inchando sob o sol escaldante. Pessoas caminham sobre os corpos tentando procurar parentes desaparecidos, tampando o nariz para tentar bloquear o cheiro de podridão.


Funcionário de necrotério tenta organizar corpos do lado de fora do prédio / NYT


"Eles finalmente levaram minha filha", disse um homem atordoado, Roilin Elysee, de 58 anos, que tinha visto os homens em uma caminhonete Nissan com a palavra "polícia" recolherem o corpo da filha na frente da Embaixada da França na última quinta-feira. "Eu não sei o que será de seu corpo", disse.
Para muitos haitianos na mesma situação que Elysee, é melhor não pensar o que está por vir.
"Estou tentando encontrar meu irmão", disse um homem visivelmente confuso enquanto olhava para a pilha de corpos. "Irmão!", gritou algumas vezes. Ninguém respondeu.
Um homem vestido de branco vagava entre as pessoas ao redor do necrotério, gritando repetidamente em um alto-falante: "Deus está voltando!"
Mas a sombria pilha de corpos ao lado do necrotério mostra que o precário Estado haitiano começou a trabalhar, mesmo que minimamente, enviando a polícia para recolher os corpos pela cidade. As caminhonetes da polícia foram praticamente os primeiros esforços de recuperação organizada vistos em várias partes de Porto Príncipe.

 

Água Tônica e o Quinino

Já se perguntaram o que tem na Água Tônica? Já ouviram falar em Quinino? (Atualizado em 2015)

Pois bem, agora vamos conhecer um pouco mais sobre esse composto que vem nas águas tônicas e que quase ninguém sabe o que é. 

Figura 1 - Foto ilustrativa de água
tônica comercial
     A água tônica contém até 85 mg.L-1 de quinina, que foi inicialmente adicionada como sendo um composto com efeitos benéficos contra a malária, contudo hoje em dia, a água tônica contém uma quantidade insignificante de quinina em termos médicos e é somente usada pelo seu sabor (amargo). É, consequentemente, menos desagradável e também frequentemente adocicada. Alguns produtores também produzem água tônica diet.
     Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration limita a quantidade de quinina na água tônica a 83 ppm (83 mg por litro se for calculado pelo quilograma), que é metade para um quarto da concentração usada para a água tônica.

     A água tônica é muito usada como uma bebida de mistura para cocktails, especialmente os que são feitos com gin (por exemplo gin tônico). A água tônica com adição de limão ou lima é conhecida como bitter lemon, "pina de limão" ou bitter lime, respectivamente.

Figura 2 - Fórmula estrutural da molécula de quinina.
     A água tônica fica fluorescente se colocada sob luz ultravioleta por causa da presença da quinina. Quinina (fórmula química: C20H24N2O2) é um alcalóide de gosto amargo que tem funções antitérmicas, antimaláricas e analgésicas. É um estereoisômero da quinidina. O sulfato de quinina é o quinino. É extraída da quina. A quinina, pó branco, inodoro e de sabor amargo, é uma substância utilizada no tratamento de malária e arritmias cardíacas. Além de ser um fármaco é utilizada como flavorizante da água tônica.
     A característica de ser  luminescente vem da estrutura que a quinina, como molécula mista, com a presença de anéis aromáticos, cíclicos e grupos doadores de elétrons, como o -OH,  que intensificam o rendimento quântico do processo de absorção e emissão nesse composto. Vejamos na figura abaixo (Fig. 3) o espectro de absorção e de emissão do sulfato de quinina, também chamado de quinino:
Figura 3 - Espectros eletrônicos do sulfato de quinina quando coletados em modo de absorção (linha roxa) e modo de emissão (linha azul). Dados extraidos da base
     De fato, a estrutura molecular da quinina apresenta absorção na região do ultravioleta próximo, em 347,5 nm (28776,98 cm-1). Com essa energia de excitação promovemos a excitação de elétrons do estado fundamental S0 para estados singleto excitados S1 da estrutura eletrônica.
     Rapidamente atingido o nível excitado, elétrons decaem quase instantaneamente de forma radiativa para estados fundamentais S0 promovendo a emissão de luz visível com maior intensidade em 451 nm, o que corresponde a cor azul no diagrama de cromaticidade CIE, como visto na figura 4.
Figura 4 - Imagens de água tônica sob irradiação UV, fórmula estrutural da quinina responsável pela característica luminescente do composto e diagrama de cromaticidade da emissão do quinino em 451 nm sob excitação em 310 nm.
     As figuras de produtos com água tônica e sua fórmula estrutura foram extraidos de sites encontrados no google. O diagrama de cromaticidade CIE foi construído com dados do gráfico de emissão apresentado na figura 3. No CIE, o ponto preto indicado pela seta mostra a região de cor no esquema RGB da emissão do quinino quando irradiado em 310 nm (UV).


sábado, 16 de janeiro de 2010

A bebida e os neurotransmissores

Que tal saber como agem os neurotransmissores quando você ingere doses de álcool!

É, me parece que "enxer a cara" não é uma coisa tão saudável como a maioria dos adolecentes pensam, então fique ligado e aprenda a se divertir sem abusar do seu organismo.

Esta reportagem foi retirada de um site chamado "Anatomia & Fisiologia Humanas". Leia abaixo e compreenda.

O etanol (tipo de álcool presente nas bebidas alcoolicas) afeta diversos neurotransmissores no cerébro, entre eles o ácido gama-aminobutirico (GABA). Existem dois tipos de receptores deste neurotransmissor: os GABA-alfa e os GABA-beta, dos quais apenas o primeiro é estimulado pelo álcool, o que resulta numa diminuição de sensibilidade para outros estímulos.

O resultado é um efeito muito mais inibitório no cérebro, levando ao relaxamento e sedação do organismo. Diversas partes do cérebro são afetadas pelo efeito sedativo do álcool tais como aquelas responsáveis pelo movimento, memória, julgamento, respiração, etc.

O sistema glutamatérgico, que utiliza glutamato como neurotransmissor, também parece desempenhar papel relevante nas alterações nervosas promovidas pelo etanol, pois o álcool também altera a ação sináptica do glutamato no cérebro, promovendo diminuição da sensibilidade aos estímulos.