sábado, 23 de fevereiro de 2013

Edital de bolsas CAPES/Eletronuclear



A COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR - CAPES e a ELETROBRÁS TERMONUCLEAR S/A - ELETRONUCLEAR, tornam público o presente Edital, aos interessados em participar do PROGRAMA DE BOLSAS DE ESTUDO destinado a conceder cotas de bolsas a programas de pós-graduação (PPG), em consonância com os requisitos e condições fixados neste Edital.
Com o objetivo de apoiar a formação de recursos humanos voltados para o setor nuclear para atuarem em projetos de pesquisa e desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação, e também em núcleos de inovação e transferência de tecnologia.

  • 35 bolsas de mestrado no País, com duração máxima de 24 meses;
  • 15 bolsas de doutorado no País com duração máxima de 48 meses, com previsão de doutorado sanduíche.
  • 10 bolsas de pós-doutorado no País, com duração máxima de 24meses.


Prazo para submissão de projetos: 19/04/2013
Divulgação dos resultados: 10/07/2013
Implementação a partir de: 01/08/2013




Atenciosamente,
Everton Bonturim, M.Sc.
Editor Quimiton

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Radiação Cherenkov (Cerenkov)


Cherenkov Radiation: When things go faster than light

Texto de terceiro.
Fonte: http://www.mostlyodd.com/cherenkov-radiation-when-things-go-faster-than-light/

Reator Nuclear IPEN do tipo MTR.
300,000 kilometres per second is the limit, the speed of light, nothing can exceed that speed. This is one of the most famous results of Einstein’s famous e = mc². That is nice, and convenient, except for that things can go faster than light. Why? The speed of light, the ultimate limit, is only reached in the vacuum of space, otherwise, we can slow light down, and overtake it.

Light always slows down when it passes through matter, and when objects overtake it we get Cherenkov radiation. It is a visual sonic boom, and it works in the same way. Sonic booms are the result of reaching the speed of sound; sound ahead of the object can’t dissipate or get away, so pressure builds. When the speed is exceeded the pressure is released as a terribly loud shock wave that bludgeons the ears of anything within a few kilometres. Cherenkov radiation is similar, but quieter. To observe it, you will need a nuclear reactor core and a lot of water.
In certain nuclear reactor cores water is used as a coolant. Due to the fact that water is, to be simple, made of stuff, it slows the speed of light that passes through it to a rather zippy 224,910 km/s. This is quick, but less than the ultimate limit, so it can be beaten.
The reactor core releases charged electrons which disrupt the electromagnetic field in the water, a field that includes light. They race at various speeds, but many travel faster than light. The electromagnetic charge in front, which is limited by the speed of light in the water, cannot escape. The waves propagate in front and then the science happens. A photonic shock wave. Light is released.

If we managed this feat with an electrically charged jet fighter the result would be even more blindingly brilliant than a sonic boom, unfortunately it is woefully impractical. Similarly if I were to accelerate a bowl of petunias beyond the speed of sound, you would be able to hear it, but it would be much less impressive. So, the result of Cherenkov radiation is nothing but a pleasing, if rather unsettling blue glow from the water.
The discovery of Cherenkov Radiation won Pavel Alekseyevich Cherenkov the Nobel Prize in 1958, it shows that light slows down when it interacts.  There are many speeds of light, but in space, at 300,000km/s light is unbeatable, that we know. Unless of course we don’t understand the Universe at all. However the chances of that are rather slim.

domingo, 10 de fevereiro de 2013



Superhydrophobic and Oleophobic characteristics in the same material: Nanotechnological Development

Quando os esforços pra entender o comportamento da matéria superam as fronteiras de uma única área da ciência, nascem grandes descobertas. Então temos aqui uma evolução no campo da Ciência dos Materiais.

   Logo me perguntam como pode um material repelir substâncias polares e apolares ao mesmo tempo, sabendo que grande parte dessas interações ocorrem de forma específica para cada caso.
   Não é tão complicado entender algumas coisas quando alguns conceitos de áreas distintas são incorporados ao questionamento em questão.
   Superfícies cobertas com uma substância hidrofóbica tentem a repelir/expulsar/não interagir, no sentido de formar ligações químicas, quando substâncias polares (como a água) são postas em contato, bem como, quando uma superfície é recoberta com alguma substância hidrofílica, a mesma tende a não interagir com substâncias apolares.
   Esse conhecimento são seria suficiente pra entender o material mostrado no vídeo abaixo, já que o mesmo consegue "se livrar" de ambas as substâncias e é ai que entra o conhecimento de nanoestruturas e microestruturas, as quais são atribuídas as propriedades de nanotextura e nanoporosidade. Um fenômeno que proporciona a uma gota d'água a capacidade de colidir elasticamente com uma superfície e "quicar" tem a ver com a capacidade que essa superfície tem de formar entre a sua microestrutura e a substância uma bolsa de ar. Em grande parte das situações, quanto maior a microporosidade de uma superfície, menor é a interação dela com um fluido, justamente pela presença de uma fina camada de ar presente nos poros abertos dessa superfície.
   Logo, juntando o útil ao agradável, podemos trabalhar com as propriedades de interação química, bem como, com as propriedades de interação física da matéria em um mesmo material apenas lidando com sua composição química e sua microestrutura.
Não! parâmetros desse porte não são nada fáceis de serem controlados, mas também não é algo impossível.
   Existem estudos recentes (ZHU et al., 2012) que descrevem novos materiais com propriedades superhidrofóbicas e suas principais características de interação direta com meios fluidos.

   Determinadas aplicações nas quais as propriedades de um material superhidrofóbico aplicado como revestimento podem trazer grandes vantagens para o controle de interações entre substâncias e possíveis superfícies de contato. Segundo (ANAND et al., 2012), o aperfeiçoamento desses materiais nanoestruturados pode proporcionar melhorias fundamentais para evitar, controlar ou minimizar efeitos de superfície como a nucleação e condensação. Recentemente surgiram formulações específicas para ligas de aços especiais que minimizavam a formação de bolhas quando imersas em água em temperaturas de ponto de ebulição, esses materiais foram cogitados para maiores estudos devido ao interesse no setor de produção de elementos combustíveis para reatores nucleares.
   Como todo material de superfície, também é fundamental que se saiba suas características de resistência e durabilidade. Como revestimento, a resistência à corrosão, calor, fratura e outros situações precisam ser avaliadas e se necessário, melhoradas. Essas características, segundo (XUE; MA, 2013), quanto melhor desenvolvidas e controladas, dão ao material de revestimento um longo período de vida útil.
   Os últimos estudos voltados para materiais de recobrimento nanoestruturados voltam-se para a propriedade de auto limpeza, eliminando a aderência forte entre a superfície de um objeto e partículas de sujeira. Os trabalho de (NURAJE et al., 2013) e (RAHMAWAN, XU, YANG, 2013) trata desse tema relacionando diretamente as propriedades de interesse em superfícies formadas por nanofibras e nanopartículas com o famoso Efeito Lotus.
   Caso queira entender um pouco mais sobre essas propriedades, veja o link 1 e link 2 e consulte os artigos citados abaixo.

Referências
  • Xiaotao Zhu  Zhaozhu Zhang  Guina Ren  Jin Yang  Kun Wang  Xianghui Xu  Xuehu Men and Xiaoyan Zhou J. Mater. Chem., 2012,22, 20146-20148. DOI: 10.1039/C2JM33769J
  • Sushant Anand Adam T. Paxson Rajeev Dhiman ,J. David Smith , and Kripa K. Varanasi ACS Nano, 2012, 6 (11), 10122–10129. DOI: 10.1021/nn303867y
  • Chao-Hua Xue and Jian-Zhong Ma J. Mater. Chem. A, 2013, Advance Article. DOI: 10.1039/C2TA01073A
  • Nurxat Nuraje  Waseem S. Khan  Yu Lei  Muhammet Ceylanand Ramazan Asmatulu J. Mater. Chem. A, 2013,1, 1929-1946. DOI: 10.1039/C2TA00189F
  • Yudi Rahmawan  Lebo Xu and Shu Yang J. Mater. Chem. A, 2013,1, 2955-2969. DOI: 10.1039/C2TA00288D