Que tal ter um objeto metálico que pode ser deformado e, como num passe de mágica, voltar sozinho a sua forma original? Interessante né?
Pois bem, esses objetos já existem, e são feitos com ligas metálicas capazes de sofrer deformações e voltarem ao seu formato original após tratamento térmico.
Uma pesquisa feita pelo ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) trabalhou com ensaios sobre as propriedades dessas ligas mágicas!
Veja abaixo uma introdução de como são feitas e onde são utilizadas as famosas Ligas com Efeito de Memória de Forma.
O efeito de memória de forma pode ser definido como a capacidade de um material, após ter sido deformado plasticamente em seu estado martensítico, voltar ao estado ou forma original através de aquecimento a temperaturas superiores à temperatura de transformação martensítica. Isso acontece através de uma transformação da sua estrutura cristalina de martensita para austenita via processos térmicos, resultando grandes deformações.As ligas de NiTi (nitinol) são os materiais com efeito de memória de forma mais usados em aplicações práticas. O nome nitinol vem do acrônimo de Nickel-Titanium Naval Ordinance Laboratory.
O interessante desses materiais, é que na sua reconstituição à forma original, as ligas com efeito de memória de forma podem realizar trabalho mecânico. Um fio pode ser tensionado a partir de sua forma memorizada; o seu comprimento diminui sob aquecimento podendo ser utilizado, por exemplo, como atuador em aplicações de robótica ou biomecânica. Nesse caso, o atuador se comporta de forma análoga a um músculo, ora contraindo ora relaxando. Resultados experimentais mostram que o fio de Nitinol pode fazer uma forca de recuperação bastante elevada (Otubo, 1997; Silva, 1999).
A maioria desses projetos utiliza o efeito de memória de forma visando que o material ao voltar a sua forma memorizada produza alguma ação desejada sobre o sistema. Como exemplo, pode-se aplicar esse conceito na vedação de uma junta de tubos, ou no projeto de dispositivo de liberação de painéis solares de um satélite. Nesse último caso, um atuador cilíndrico de NiTi é comprimido a partir de sua forma memorizada; o alongamento do atuador quando aquecido é utilizado para romper um pino de retenção (Acosta, 2000; Nunes, 1998).
O interessante desses materiais, é que na sua reconstituição à forma original, as ligas com efeito de memória de forma podem realizar trabalho mecânico. Um fio pode ser tensionado a partir de sua forma memorizada; o seu comprimento diminui sob aquecimento podendo ser utilizado, por exemplo, como atuador em aplicações de robótica ou biomecânica. Nesse caso, o atuador se comporta de forma análoga a um músculo, ora contraindo ora relaxando. Resultados experimentais mostram que o fio de Nitinol pode fazer uma forca de recuperação bastante elevada (Otubo, 1997; Silva, 1999).
A maioria desses projetos utiliza o efeito de memória de forma visando que o material ao voltar a sua forma memorizada produza alguma ação desejada sobre o sistema. Como exemplo, pode-se aplicar esse conceito na vedação de uma junta de tubos, ou no projeto de dispositivo de liberação de painéis solares de um satélite. Nesse último caso, um atuador cilíndrico de NiTi é comprimido a partir de sua forma memorizada; o alongamento do atuador quando aquecido é utilizado para romper um pino de retenção (Acosta, 2000; Nunes, 1998).

Fonte: http://www.bibl.ita.br/xencita/Artigos/60.pdf (Modificado)