sábado, 13 de fevereiro de 2010

Respirando problemas: um caso de poluição fatal.

Estudos apontam a presença de elementos tóxicos e carcinogênicos na poeira doméstica!

Mais uma vez, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares sai na frente com uma tese de Doutorado realizada no Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA).  estudo está voltado para a análise da poeira encontrada nas residências da população brasileira, mais especificamente de algumas casas de SP. 
Pesquisadores do Centro de Química e Meio Ambiente do Ipen desenvolveram estudo de doutorado para avaliar as características químicas e toxicológicas em amostras de poeira doméstica de quatro bairros da região Norte da cidade de São Paulo. O objetivo principal da pesquisa é determinar metais potencialmente tóxicos e ftalatos, substâncias mais preocupantes do ponto de vista de saúde pública, por serem capazes de provocar distúrbios endócrinos e mutações.
Inicialmente foram selecionadas 100 residências, nos bairros Freguesia do Ó, Pirituba, Jaraguá e Perus, sendo 69 as escolhidas. Os locais foram selecionados pela proximidade às marginais, rodovias paulistas, estações ferroviárias, aterros sanitários.
A avaliação realizada envolveu apenas ambientes residenciais e seguiu protocolo baseado em orientações da EPA (agência de proteção ambiental norte-americana). A coleta foi realizada entre os anos de 2006 e 2008, utilizando aspirador de pó. As amostras foram peneiradas e a fração mais fina analisada, por apresentar maior concentração de contaminantes.
Os ftalatos são compostos orgânicos utilizados como aditivos de materiais plásticos, como o PVC, para melho-rar suas propriedades físicas. Porém, a sua incorporação é parcial e devido ao desgaste natural ou intempéries estes compostos tendem a se desprender dos materiais e migrar para o meio ambiente. Estas substâncias são acumulativas e não biodegradáveis e podem se alocar no tecido adiposo, provocando distúrbios endócrinos e mutações. Há estudos mostrando que há migração dos ftalatos presentes em utensílios médicos como catéteres e bolsas de sangue, bem como de utensílios e artefatos domésticos.
As análises foram feitas utilizando-se técnicas de fluorescência de raios-X para os metais e cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massa para os ftalatos.
De acordo com Valdirene Scapin, a pesquisa mostrou que cromo, níquel, cobre, zinco e chumbo encontram-se acima dos valores de referência permitidos, quando comparados com os valores de exposição (somatória dos teores aceitáveis para contato dermal, inalação de partículas e ingestão de solo, publicados pela Cetesb). Os resultados comprovam a contaminação dos ambientes domésticos internos por metais pesados.
A orientadora Ivone Mulako Sato alerta sobre os teores de ftalatos e para a ausência de normativa oficial para comparação dos valores determinados com valores de referência. Ftalatos como o DEHP e o DnBP encontram-se acima dos valores de referência inter-nacionais permitidos para ingestão.
Fonte: www.ipen.br

Um comentário:

  1. Alguem avisa ! Rsrs .. Ciencia é Demais ! Fato que Amo Tudo Isso ! RSrs ...

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